terça-feira, 19 de julho de 2011


 As ligações entre o coração e o cérebro, a ciência dos sentimentos


“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. (Provérbios, 17-22)”


A  mágoa, descrita na Wikipédia como um sentimento de desgosto, pesar, sensação de amargura, tristeza, ressentimento e chamada na holística de “Câncer da Alma”, hoje faz parte de diversos estudos que comprovam que corpo e mente possuem uma estreita ligação, são inseparáveis. A Psicossomática, ramificação da medicina que estuda estas questões chegou à conclusão que se um sentimento não for tratado corretamente em termos psíquicos ele vai causar impacto negativo no corpo físico.

Recentemente uma pesquisa cientifica do Hope College, demonstrou que alimentar sentimentos de raiva provoca pressão alta, aumento da freqüência cardíaca e suor excessivo. Já o perdão colabora em uma condição de saúde mais equilibrada, isso porque a alegria incrementa a produção de endorfina e gera sensação de bem-estar, já os pensamentos negativos estimulam a secreção de hormônios ligados ao estresse, desestabilizando o sistema imunológico, podendo levar ao surgimento de doenças psicossomáticas.

É comum que pessoas ressentidas apresentem quadros de gastrite nervosa, úlcera e câncer. Essas pessoas normalmente têm baixa auto-estima, sempre se posicionam como vítimas e oferecem resistência a solução do problema que causou a mágoa, elas tendem a manter este sentimento vivo mesmo que o ofensor tente corrigir as coisas.

A vida comum traz diversas situações antagônicas. Passamos por momentos de prazer extremo com um convívio social harmonioso a “escorregadas’ que causam problemas com outros indivíduos, é normal. Segundo a “Complacência Somática”, Freud afirma que é comum ao ser humano guardar a magoa ou fazer de conta que ela não existe, como os sentimentos não são facilmente esquecidos, essas pessoas acabam magoando-se ainda mais. Estudos psicológicos oficiais efetuados com psicopatas capturados comprovam que em 95% dos casos estes criminosos desenvolveram seus distúrbios a partir de uma situação de magoa ou rancor.

A pessoa ressentida trabalha o congelamento da raiva, o desejo de vingança e a pena de si mesmo, criando uma espécie de manutenção do sentimento por longos períodos, comumente acreditando que isso produzirá na pessoa que a ressentiu algum tipo de sentimento de culpa ou vergonha, uma espécie de tortura por um erro cometido que por si já é uma forma de vingança, geralmente porque tem medo de, ao se livrar da mágoa, possa provocar paz ou prazer no outro, aliviando-o da tristeza.

Essa é uma forma não muito inteligente de vingança, é apenas um raciocínio tolo. Pensamentos como, por exemplo, “Eu quero continuar sofrendo para que o outro sofra” e “eu não merecia isso” garantem a permanência da culpa e a manutenção do ressentimento.

“Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra. (Shakespare)”

Existem diversas formas de controlar a mágoa, porém somente a capacidade de perdoar pode livrar psicologicamente os ressentidos de seus ofensores, trazendo paz e felicidade. A mágoa escraviza o ressentido ao seu ofensor, já o perdão abre o coração para uma nova vida, sem ter aquela pessoa como centro de suas ações.

“Perdoa, que perdoando terás a tua alma em paz e a terá quem te ofendeu. (Madre Teresa de Calcutá)”

Perdoar não significa esquecer, fingir que não aconteceu. Perdoar é deixar de sofrer, se livrar de uma prisão interior e obviamente aprender com o ocorrido, desenvolvendo defesas próprias para evitar que ocorra novamente. Perdão, sem aprender com a experiência, á alienação.

Portanto, devemos sair da tristeza, nos levantar e viver a vida, por mais difícil e problemática que ela seja para alguns indivíduos, agindo assim, certamente gozaremos de um pouco mais de saúde e alegria, uma vida com mais sentido, todos somos todos especiais, e se precisarmos de ajuda podemos contar com as Terapias Florais e diversas outras Técnicas Holísticas preciosas no auxílio dessas enfermidades da alma.

“A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que pairam acima do mal que lhes quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de uma sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma, cheia de mansuetude e caridade. (Allan Kardec).






Beijos,
Jane Valery


Fonte: Flávio Pedro dos Santos, Terapeuta Holístico














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